Por que tudo isso?

19/06/2011 19:40

 

 

O Palmeiras chegou a sua terceira vitória no Brasileirão 2011, após golear o Avaí por 5 a 0, no estádio do Canindé em São Paulo. Assistindo ao jogo pensava já em escrever um artigo elogiando a excelente partida de todo o time alviverde, pena que esperei as entrevistas...

Extasiado fiquei com a entrevista do Luan, que se redimiu e fez sua melhor partida desde que chegou ao Palmeiras. Aqui faço um parenteses para algo que me intriga no futebol. Na semana passada Jorge Henrique do Corinthians teve uma contusão que levaria, segundo o próprio departamento médico, quinze dias, para ser curada, mas a mesma foi resolvida em um dia depois de ver seu contrato de renovação assinado. Será que esse fenômeno também está atingindo Luan? A véspera de ver seu contrato de empréstimo com o Verdão acabar, o camisa 21 palmeirense emplacou quatro gols no Brasileirão, e é ao lado de Kléber do Palmeiras e Bernardo do Vasco, um dos artilheiros do campeonato.

Delirei com a entrevista do São Marcos, explicando os motivos que o levaram a não bater o penalti que coroaria uma partida perfeita do Palmeiras. Ídolo, e de caráter único, Marcos explicou que seria muito fácil bater um penalti com um placar tão favorável, e que respeitou o goleiro Alex do Avaí, que está apenas começando sua carreira.

Quando todos os repórteres se dirigiram para Kléber, o Gladiador, imaginei ouvir as palavras sempre de força do camisa 30 palmeirense. Mas pasmo não acreditei no que via e pior, ouvia. Perguntado sobre o assédio do Flamengo para levá-lo a Gávea, o Gladiador disparou contra o presidente palmeirense jogando pro alto tudo o que o time paulista construiu em campo. Irritado Kléber mostrou que por ele a vontade é sair, que por ele vestiria hoje mesmo a camisa rubro negra do Flamengo. Mas por que Kléber? Mas por que presidente? Mas por que Palmeiras?

Não dá pra entender. No melhor jogo do ano, em um inimaginável 5 a 0 sobre o comando de Felipão, o que mais chamou a atenção foi mais uma desavença no clube. Infelizmente no Palmeiras temos que torcer não apenas no jogo. Temos que torcer nos jogos, nos treinos, nas negociações, nas declarações e até nas relações existentes dentro do próprio clube.

Enfim, daqui pra frente à função do torcedor é rezar, torcer simplesmente não basta. Assistiremos aos jogos querendo goleada ou jogo bonito, mas vibramos também um magro 1 a 0, desde que consigamos vencer também todos os inimigos criados por nós mesmos.

 Confiram os melhores momentos:

 

Leonardo Abrantes

 

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